quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Comunhão

Eu vim aqui não para roubar a cena
Mais sim para encenar com você
Você me ensina e eu a você
Me acena de longe
Que logo estou com você
Não se faz uma peça sozinho
Pois então seria um monologo
Monólogos são reflexivos
Mais logo é preciso estarmos juntos
Querer ser humano
É ser livre!!!
Mais quem quer ser árvore,
E ser fixo???
Com os pés agarrados ao chão
Um vislumbrar cotidiano do mesmo horizonte
Uma mudez rígida e infinita
Onde se escuta apenas o som das folhas ao vento
É um confiar continuo do Pai
Para saciar sua sede
E lhe livrar dos riscos dos raios
E do machado do voraz
É um confiar que em tempos de secas não vais queimar
Que podes então assim ter uma vida de sossego
Quiçá milenar...