Eu falei à pedra
E ela me respondeu...
No silêncio lúgubre do vazio
Uma atenção tão solicita
Que humano nenhum seria capaz de representar
O ar lhe batia na fronte
E ela se punha a assoviar
O tempo mudou, mudo, a chuva caiu
Forte e torrencial!
E nem mesmo a tempestade afastou sua companhia de mim
Coisa que humano nenhum seria capaz de representar
Veio o sol árduo e lambeu a rocha com sua língua de fogo
A rocha?
Convidou-me a sentar-se a sua sombra
Gesto que humano nenhum seria capaz de representar
Então veio um tremor
A pedra chorou...
Despediu-se de mim
“E hora de cada um seguir o seu caminho”
E rolou penhasco abaixo
Eu chorei de saudades da pedra,
E pensei, quem me dera
Se nos dias de vento assoviasse feliz junto da pedra
Nos, de chuva e sol, tivesse me importado
E calçado à base da pedra.
Não estaria hoje dizendo adeus,
E findaríamos nossos dias ao mais diminuto pó
E nos uniríamos por toda eternidade
Hoje?
Hoje eu sou rocha. Assovio,
Sirvo de abrigo à chuva e sol,
Até que um dia feliz, role
Para os braços do pai,
Para o descanso eterno...
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Inocência
Me lembro aquela época
Em que você não tinha
Malícia alguma no olhar
Tinha um sorriso lindo e puro
Naquela época, você nem
Corava, era tudo tão natural!
Não havia separação por sexo.
Corríamos livres, contentes
Apenas crianças no paraíso...
Em que você não tinha
Malícia alguma no olhar
Tinha um sorriso lindo e puro
Naquela época, você nem
Corava, era tudo tão natural!
Não havia separação por sexo.
Corríamos livres, contentes
Apenas crianças no paraíso...
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